terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PS - parte 1

Antes de qualquer coisa, uma pergunta. Pode usar PS antes de escrever algo? Creio que não, sendo que PS (Post-Scriptum, uma expressão latina) significa "escrito depois". 

Mas mesmo assim, me desculpem, vou cometer esse errinho agora.

Esse post será mais um agradecimento, um desabafo, um mix de emoções, exatamente como é a vida, como me sinto agora, e como em geral, eu sou. Um mix de tudo e nada. Muita emoção, muito "muitos" em muitas coisas. Deu pra entender? Não né...

Não estou sendo muito clara, me desculpem, acho que é o mix de emoções...


Apresento-lhes, algumas loucuras de Naila...


Aprendi uma expressão quando estava grávida: pregnancy brain. 


Nunca tinha ouvido falar antes. Fui dar uma googlada para saber do que se trata, se é algo real ou se é um mito, e enfim, descobri que existe mesmo. Os "sintomas", se posso chamá-los assim, são outros, que nada tinham a ver com o que passei durante os nove meses, mas mesmo assim, quis usar esse nome, primeiro porque não pensei em outro e segundo, porque gostei mesmo (: 



Primeira loucura: achar que por algum motivo doido perderia contato com meus amigos, sabe-se lá o porquê. Pelo contrário, cada dia mais me aproximo ou reaproximo de amigos, e ainda, faço novos amigos.

Hoje foi a prova de que velhas amizades nunca morrem.

Um dia nós compartilhamos o amor à dança, e agora podemos colocar um novo amor em nossa lista de amores, que para mim é o maior de todos: Sarah.

Obrigada meninas, por sempre estarem comigo! Livia Dias, Amanda Moutella, Joyce Costa, Carol Dias e Tia Simone Dias!


(esse vai ser um pequeno parênteses direcionado à elas)

Lili, obrigada por sempre estar do meu lado, pro que der e vier. Desde nos telefonar nervosas porque tínhamos menstruado pela primeira vez, rs, como falar bobagem no whatsapp. Te amo demais, e a Sarah também, mesmo ela ainda nem sabendo qual é o nome dela hahah
Mout, você é incrível! Não tem como não te amar! Minha mãe te ama também, rs, e Sarah, com toda certeza, te ama tbm!
Joyce, obrigada por dividir os sufocos de tentar fazer peito de pé comigo, hahahaha, e ter o "problema" da perna em X. Você é demais! Um exemplo para muitas meninas!
Tia Simone e Carolzinha (que não é mais Carolzinha, rs) obrigada por sempre me acolherem tão bem na casa de vocês! Amo demais essa família, e sinto muuuita saudades de vocês!

Obrigada pela visita, foi demais! Venham sempre! A casa sempre estará de portas abertas!


(voltando ao pregnancy brain)




PS - parte 2

Segunda loucura: tinha medo de não ser uma boa mãe.

Infelizmente os bebês não chegam ao mundo com manual, seria fantástico. Mamães de primeira viagem nunca passariam sufoco. Mas vou lhes contar, amo o fato de não ter manual. É tudo novo! Uma descoberta, uma troca. Imagina quando ela começar a falar, andar, ai ai, aguenta coração!

O medo de errar nos impede de fazer muitas coisas. Eu sou mestre nisso. Esse blog, por exemplo. O medo de falar bobagem (pode ser que esteja falando agora, mas acho que não estou não... então tudo bem, rs), de ninguém gostar, ou ler...muitos medos, muitos "muito", como disse antes.

Por que isso gente? Porque esse medo da rejeição. Não, nada disso.

Chega!

Vamos nos arriscar mais! Ser mãe é correr um risco de errar ou acertar o tempo todo. É pura adrenalina.

É o medo de entrar água no ouvido durante o banho; de dormir com a criança no colo enquanto ela mama de madrugada e ela cair no chão e se machucar; de furar a orelha e infeccionar ou doer demais (eu sei que vai doer, estou me preparando psicologicamente); das febres depois da vacina; até medos futuros, como não se adaptar na creche e depois na escola, sofrer bullying, repetir de ano, e por aí vai...

Meu Deus!

Vou surtar assim, com tantas medos.

Mas está passando!

Na verdade, já passou!

Ela precisa de mim! Qual confiança estou passando assim? Nenhuma! Sarah está me educando tanto quanto eu estou a educando.

Quando ela sorrir pra mim e eu sei que ela está bem esses medos passam. A cada nascer e pôr do sol eu tenho mais confiança em mim como mãe. Obrigada Sarah por isso também. Você está fazendo com que eu me esforce todo o dia para ser uma pessoa/ mãe/amiga/mulher melhor.



 Terceira loucura: deixar de fazer coisas bobas e simples que fazia antes da gravidez, como ir ao shopping, ou andar no calçadão.

Esse era meu medo mais fútil, nem sei de onde tirei isso! Uma das primeiras coisas que fiz quando Sarah nasceu foi ir ao shopping comprar a roupa pra o batizado e andar (duas quadras) na Avenida Atlântica. 

Não tinha fundamento esse medo.

(outro breve parênteses de agradecimento)

Lohanne, muuuuito obrigada por ter ido comprar a roupa de Ano Novo da Sarah comigo. Foi uma coisa boba, mas significou muito pra mim. Entramos na Renner, você me mostrou o vestido pra Sarah e depois achou a roupa que queria, pagamos e fomos embora. 

Emotiva como sou fiquei com os olhos cheios d'água quando pensei nesse dia. Entre carrinho, Sarah que estava com sono e não conseguia dormir por causa do barulho, fila para pagar, e outros fatores externos, você estava lá comigo mais uma vez provando sua amizade com essas pequenas coisas do cotidiano. Te amo demais!

(acabou momento dedicado à uma pessoa em especial)


Agora já é madrugada, e enquanto a cidade lá fora dorme, eu ponho pra fora meus pensamentos e sentimentos, sem o medo de ser julgada. Sarah, que estava dormindo como um anjo em minha cama, acorda assim que a coloco no berço. Volto a ninar e ela adormece em instantes, e no meio de seu sono, abre um sorriso, como muitas vezes o faz.

Só isso que preciso... do seu sorriso me dizendo que está tudo bem.





Um 2015 repleto de saúde, paz e amor!


Abraços,

Naila.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Sarah foi à praia...


Não pisou na areia, mas viu o mar, mesmo que de longe.

É engraçada a reação das crianças às novas experiências. Por exemplo, Sarah não pode ver alguém comendo que irá mastigar junto como quem diz “me dá um pouquinho, por favor” haha. Mas quando comeu a primeira papinha de banana amassada fez cada careta hilária.

Não me lembro o dia, mas foi nessa semana, a madrinha de consagração dela (uma das minhas melhores amigas de infância, Lola – espero que ela não se importe de pôr o nome dela aqui rs) veio nos visitar. Eu, que além de resolver me arriscar na vida de blogueira, estou, também, me arriscando na cozinha.

Muitas experiências novas ao mesmo tempo, e Sarah, sem ter noção disso, está me encorajando. Incrível a força transformadora de uma criança na sua vida.

Sem perder o fio da meada, Lola veio nos visitar e resolvi fazer o almoço. Demorou, mas saiu e até que ficou gostoso. Teria sido mais rápido se naquele dia Sarah fizesse jus ao nome do blog e não chorasse, rs, mas tudo bem, deu pra fazer tudinho.

Andamos até o Leme, onde tem uma parte dos pescadores, sabe? Não tenho certeza se esse é o nome, mas chamo de pedra dos pescadores, rs.

Sem planejar nada chegamos justamente quando o sol estava se pondo. Sentamos na mureta que tem ali e ficamos vendo o mar, o pessoal que tentava pegar onda (o mar estava uma piscina) e o Sol com todo seu esplendor se pondo atrás das montanhas, deixando o céu numa mistura incrível de laranja, azul, rosa...

Sarah estava extasiada!!! Olhava o céu, a água, as pessoas, estava sorrindo com os olhos. Que por sinal, ela é tem um olhar super expressivo!

Quero viver para momentos como aquele!

Por uma vida com mais novas experiências, sejam boas ou ruins, mas de preferência com as mais alegres e divertidas possíveis!


Se ela soubesse bater palmas, teria feito naquele momento...




Naila Agostinho

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Boas vindas!

Sempre pensei como deveria ter uma criança 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eu fui a última criança da família, extremamente mimada (no bom sentido da palavra), cuidada, amada, mas nunca soube o que era transferir esses sentimentos a outro pequeno ser. Mesmo assim desde que me lembro por gente eu amo crianças! Se via um bebê de uma pessoa conhecida fazia questão de pegar no colo, e de desconhecidos, que confiavam em mim o suficiente para pegar seus filhos, também :)

Já trabalhei (e vou trabalhar neste verão de novo) em colônia de férias para crianças de 4 à 12 anos. Quando era bailarina dei algumas aulas como professora substituta, montei coreografias para crianças menores, enfim, elas sempre estiveram presentes em minha vida de uma forma ou de outra.

Eu queria ter cinco filhos, e sempre me acharam louca por isso, falavam “Depois do primeiro vai mudar de ideia”. Mudar de ideia eu até mudei, mas não pelos motivos que pensavam. Criar um filho muito bem, além de demandar tempo, disposição e muito amor e paciência, exige também uma situação financeira muito boa, e nessa cidade que tanto amo, TUDO está cada dia mais caro. Então, por enquanto, estou muito bem com uma filha só :D

Sarah chegou de surpresa na minha vida. Tenho 19 anos e ainda estou na faculdade, ou seja, ela não foi planejada. Mas e daí? Ela recebe tanto amor que parece que venho tentado tê-la há anos! 

Sou natural do Rio de janeiro e taurina (com ascendente em touro, já viu né?), AMO loucamente minha cidade, e tenho raiva de quem fala mal. Sei de todos os defeitos do Rio, das pessoas que moram aqui e qualquer outra coisa, mas sou mãe ciumenta, não deixo ninguém falar mal, só eu posso (risos).

Quero que Sarah ame o Rio tanto quanto eu, mas se não amar não posso forçá-la, se bem que acho isto quase impossível, mas nunca se sabe né, casa de ferreiro, espeto de pau...

Espero que se divirtam, emocionem, curtam, reflitam sobre suas próprias vivências com nosso diário, semanal, mensal, ou quando Sarah me permitir sentar aqui para escrever :)




Um abraço e até breve!


Naila Agostinho.