terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PS - parte 2

Segunda loucura: tinha medo de não ser uma boa mãe.

Infelizmente os bebês não chegam ao mundo com manual, seria fantástico. Mamães de primeira viagem nunca passariam sufoco. Mas vou lhes contar, amo o fato de não ter manual. É tudo novo! Uma descoberta, uma troca. Imagina quando ela começar a falar, andar, ai ai, aguenta coração!

O medo de errar nos impede de fazer muitas coisas. Eu sou mestre nisso. Esse blog, por exemplo. O medo de falar bobagem (pode ser que esteja falando agora, mas acho que não estou não... então tudo bem, rs), de ninguém gostar, ou ler...muitos medos, muitos "muito", como disse antes.

Por que isso gente? Porque esse medo da rejeição. Não, nada disso.

Chega!

Vamos nos arriscar mais! Ser mãe é correr um risco de errar ou acertar o tempo todo. É pura adrenalina.

É o medo de entrar água no ouvido durante o banho; de dormir com a criança no colo enquanto ela mama de madrugada e ela cair no chão e se machucar; de furar a orelha e infeccionar ou doer demais (eu sei que vai doer, estou me preparando psicologicamente); das febres depois da vacina; até medos futuros, como não se adaptar na creche e depois na escola, sofrer bullying, repetir de ano, e por aí vai...

Meu Deus!

Vou surtar assim, com tantas medos.

Mas está passando!

Na verdade, já passou!

Ela precisa de mim! Qual confiança estou passando assim? Nenhuma! Sarah está me educando tanto quanto eu estou a educando.

Quando ela sorrir pra mim e eu sei que ela está bem esses medos passam. A cada nascer e pôr do sol eu tenho mais confiança em mim como mãe. Obrigada Sarah por isso também. Você está fazendo com que eu me esforce todo o dia para ser uma pessoa/ mãe/amiga/mulher melhor.



 Terceira loucura: deixar de fazer coisas bobas e simples que fazia antes da gravidez, como ir ao shopping, ou andar no calçadão.

Esse era meu medo mais fútil, nem sei de onde tirei isso! Uma das primeiras coisas que fiz quando Sarah nasceu foi ir ao shopping comprar a roupa pra o batizado e andar (duas quadras) na Avenida Atlântica. 

Não tinha fundamento esse medo.

(outro breve parênteses de agradecimento)

Lohanne, muuuuito obrigada por ter ido comprar a roupa de Ano Novo da Sarah comigo. Foi uma coisa boba, mas significou muito pra mim. Entramos na Renner, você me mostrou o vestido pra Sarah e depois achou a roupa que queria, pagamos e fomos embora. 

Emotiva como sou fiquei com os olhos cheios d'água quando pensei nesse dia. Entre carrinho, Sarah que estava com sono e não conseguia dormir por causa do barulho, fila para pagar, e outros fatores externos, você estava lá comigo mais uma vez provando sua amizade com essas pequenas coisas do cotidiano. Te amo demais!

(acabou momento dedicado à uma pessoa em especial)


Agora já é madrugada, e enquanto a cidade lá fora dorme, eu ponho pra fora meus pensamentos e sentimentos, sem o medo de ser julgada. Sarah, que estava dormindo como um anjo em minha cama, acorda assim que a coloco no berço. Volto a ninar e ela adormece em instantes, e no meio de seu sono, abre um sorriso, como muitas vezes o faz.

Só isso que preciso... do seu sorriso me dizendo que está tudo bem.





Um 2015 repleto de saúde, paz e amor!


Abraços,

Naila.

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